terça-feira, 29 de maio de 2012

CURTA NO LINDA!

CURTA NO LINDA!
No dia 18 de maio, recebi os textos dos alunos do oitavo ano “B” do ensino fundamental do Colégio Estadual Profª. Linda Salamuni Bacila. Os textos são relativos ao trabalho que desenvolvemos na escola – o “Curta no linda!”, normalmente o fazemos com a colaboração da professora de língua portuguesa, Ms. Paola. Porém, durante a execução da referida atividade, agradeço a contribuição da profª. Maristel, também responsável pelo ensino de língua portuguesa na mesma escola.
Há alguns dias, nós – Josiane, Pedro e Talitha– fomos convidados a aplicar uma atividades do “curta no linda!” nos oitavos anos. Na ocasião, utilizamos um plano de aula baseado no curta-metragem “A maior flor do mundo”, que consiste em uma adaptação da obra, de mesmo título, do escritor português José Saramago.
Como nenhum dos alunos conhecia a obra e seu autor, aproveitamos a oportunidade para fazer uma breve apresentação da biografia do escritor português, assim como relatamos detalhes específicos de seu livro “A maior flor do mundo”, que na verdade é a única obra de Saramago destinada ao público infantil.
Durante a exibição do curta, pudemos notar o interesse e o fascínio dos alunos, inclusive alguns deles demonstraram que gostariam de ler o livro. Terminada a exibição, realizamos uma série de perguntas, as quais chamavam o grupo para a discussão e interpretação do “curta”. Tal discussão, a meu ver, foi bastante produtiva, pois todos participaram acrescentando opiniões e pensamentos positivos. Em seguida, orientamos a produção textual, tendo em vista a seguinte proposta: “Há um ensinamento sendo transmitido por meio dessa história. Qual seria? Escreva sobre ele”.

Fiquei satisfeita com os resultados da atividade. Um dos motivos pelos quais se deve esta satisfação é que a turma, de um modo geral, colaborou durante todo o decorrer da aula, sendo que este foi o nosso primeiro contato com as turmas do oitavo ano e mesmo assim os alunos foram bastante receptivos e participativos. A prova disto é que os alunos cumpriram o seu dever de casa (a produção textual, lembra?), selecionei alguns textos aqui para o blog, peço que não reparem tanto nos erros ortográficos e gramaticais, porque nem sempre um texto “limpinho e sem erros” é sinônimo de uma construção textual boa. Portanto vale lembrar que os textos aqui expostos respondem à proposta: “Há um ensinamento sendo transmitido por meio dessa história. Qual seria? Escreva sobre ele”. A correção e a reescrita do texto ficam para um segundo momento, quando teremos outra aula com a turma.


MAS O QUE É O “CURTA NO LINDA!”?
O “Curta no linda!” é uma atividade que envolve curtas-metragens, leitura, interpretação e produção textual. Esse trabalho é desenvolvido no Colégio Estadual Profª. Linda Salamuni Bacila, pelos participantes do subprojeto do PIBID “Cinema e novas mídias: ferramentas para compreender o mundo”. O “Curta no linda!” promove o contato dos alunos do ensino fundamental e médio com curtas-metragens e pretende que os alunos curtam o curta, ou seja, gostem do curta-metragem e a partir disso produzam os textos sugeridos.

COMO SÃO REALIZADAS AS ATIVIDADES DO “CURTA NO LINDA”?
O “Curta no linda!” pode ser dividido em duas partes:
I.                   Parte teórica:
Os acadêmicos do curso de letras português-francês escolhem o curta-metragem e a partir deste elaboram o plano de aula com o auxilio da Profª. Drª. Rosana Apolonia Harmuch (coordenadorado  “Cinema e novas mídias: ferramentas para compreender o mundo”) e da Profª. Ms. Paola (professora de língua portuguesa no Colégio Estadual Profª. Linda Salamuni Bacila). Durante esse processo teórico, os professores em formação refletem quanto aos exercícios mais adequados para cada objetivo, cada tópico que será abordado posteriormente.
II.                Parte Prática
Consiste na aplicação do plano de aula. Assim sendo, a Profª. Ms. Paola disponibiliza os quinze minutos finais de suas aulas para que seja realizada a atividade, a qual normalmente segue a seguinte ordem: a) leitura textual, leva-se aos alunos um texto referente ou que tenha alguma ligação com o curta, por exemplo, no caso em que o curta seja uma adaptação de uma obra literária pode-se trazer para a sala de aula o texto literário; b) a exibição do curta em si; c) interpretação textual, discussão coletiva que se faz com intuito de ampliar a compreensão da mídia com o(s) texto(s) escrito apresentado(s) anteriormente; d) a produção textual: propõe-se que cada um dos alunos produza um texto como “tarefa para casa”, neste caso o gênero textual é variável.
OBJETIVOS:
O “Curta no linda!” é uma atividade voltada à formação de cidadãos leitores e escritores capazes de compreender o mundo a sua volta, logo esta atividade concorda com os objetivos de documentos oficiais como DCE’s e PCN’s. Resumidamente, os objetivos podem ser relacionados da seguinte forma:
·         fazer com que os alunos compreendam o cinema e as novas mídias como textos, os quais comunicam algo a alguém com algum intuito;
·         ter senso crítico quanto às mensagens midiáticas e suas finalidades;
·         despertar, nos alunos, a partir de curtas-metragens baseados em textos literários ou não, um maior interesse por esses textos;
·         aprimoramento da capacidade de uso da língua em sua modalidade escrita, tendo em vista as contínuas atividades de leitura, interpretação e produção;

RESULTADOS
Os resultados obtidos até então não contemplam ainda todos os objetivos, pois o “Curta no linda!” é uma atividade recente na escola. No entanto, já são perceptíveis algumas diferenças nos alunos, como por exemplo, o interesse por alguns livros ou autores, que são mencionados durante as aulas. Sobretudo, o projeto tem servido de incentivo para os alunos escreverem mais e com empenho.

Postado por: Talitha Sautchuk.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Curta no Linda


O “Curta na Linda” é um projeto realizado no Colégio Estadual Linda S. Bacila, como parte das atividades do CINEMA E NOVAS MÍDIAS: FERRAMENTA PARA A LEITURA DO MUNDO, teve inicio  em maio deste ano. Ele tem como objetivo usar curtas-metragens como uma ferramenta de apoio na sala de aula.
Como acadêmica do primeiro ano de letras, acredito que esta experiência é uma ótima oportunidade de visualizarmos na prática como utilizar  a tecnologia nos planejamentos de aula. A exibição dos curtas está proporcionando aos alunos uma maneira diferente  de se trabalhar conteúdos importantes na escola.
A recepção dos alunos não poderia ter sido melhor, pois se mostram muito interessados pelos assuntos abordados nos curtas, conversam sobre eles e também realizam as atividades propostas .
Para finalizar, gostaria de frisar a importância da inclusão das novas mídias, porque elas inegavelmente fazem parte da nossa realidade e cabe aos professores mostrar aos seus alunos  as inúmeras formas de usá-las!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Subprojeto Cinemas e Novas Mídias em passeio cultural por Curitiba!


Qualquer canção de bem
Algum mistério tem
É o grão, é o germe, é o gen
Da chama
E essa canção também
Corrói como convém
O coração de quem
Não ama

Se tomarmos a palavra “canção” expressa acima como representante das manifestações artísticas de forma geral, temos nesse pequeno trecho de Qualquer Canção, de Chico Buarque, uma ótima explicação para o valor que a arte pode assumir para a formação humana: qualquer “arte” de bem algum mistério tem, é o grão, é o germe, é o gen da chama. Como chama, entendemos aqui a manifestação de nossa percepção, das nossas emoções, daquilo que reage em contato com a essência da realidade representada na obra de arte. O grão, o germe e o gen são o princípio dessa reação, aquele estímulo manifestado quando entramos em contato com uma manifestação artística que nos faz ver o mundo “de uma maneira diferente daquela própria ao pragmatismo e ao imediatismo da vida cotidiana” (DUARTE, 2008, p.5). Dessa forma, podemos entender que a arte, de alguma forma, altera nossa visão do que já nos é comum e nos permite compreender novas realidades e percepções de mundo que talvez não nos fosse possível notar de outra maneira. Segundo Vásquez, “o homem é homem na medida em que cria um mundo humano, e a arte aparece como uma das mais elevadas expressões deste processo de humanização” (VÁSQUEZ apud MAXIMO, 2011, p.4).

Tendo em vista essa concepção de arte, o subprojeto do PIBID de Português/Francês, CINEMA E NOVAS MÍDIAS: FERRAMENTAS PARA A LEITURA DO MUNDO, e alguns colegas dos subprojetos do PIBID de Português/Inglês e Português/Espanhol, realizaram no dia 26 de abril um passeio cultural a Curitiba, com o objetivo de conhecer a Cinemateca, a Livraria Cultura e o Museu Oscar Niemeyer – importantes centros de cultura que reúnem mostras significativas do cinema, da literatura e das artes plásticas, nacionais e internacionais.

O passeio iniciou-se com a visita à Cinemateca de Curitiba, onde, acompanhados pelo projecionista Valdenício Pereira da Silveira, os acadêmicos assistiram ao filme brasileiro “Brasa Adormecida” (1987), dirigido por Djalma Limongi Batista, seguido por um pequeno trecho de “Braza Dormida” (1928), de Humberto Mauro – clássico da filmografia muda nacional e que foi homenageado pelo filme de Djalma. Após a exibição dos filmes, o grupo ainda contou com uma explicação sobre o processo de armazenamento das películas cinematográficas – serviço esse prestado pela Cinemateca – e sobre a técnica de projeção dessas películas.

Seguido à Cinemateca, os acadêmicos tiveram a oportunidade de conhecer a Livraria Cultura, recentemente inaugurada no Shopping Curitiba. Além de uma ótima chance para ampliarem suas bibliotecas particulares e descobrirem novas obras e lançamentos, a passagem pela livraria permitiu que os alunos entrassem em contato com essas “novas catedrais do livro que são as grandes livrarias de muitos andares” – como comenta Umberto Eco em sua obra Sobre Literatura (2002, p.11) –, que representam um universo de opções bem distante do que comumente se encontra nas livrarias comuns e que permitem que seus potenciais consumidores, mesmo que apenas folheando livros, entrem em contato com diversos estilos literários.

Para finalizar o passeio, os acadêmicos do PIBID seguiram para o Museu Oscar Niemeyer. Através de uma visita guiada, eles puderam conhecer, entre outras obras, as polêmicas e internacionalmente aclamadas gravuras do pintor espanhol Goya, da coleção denominada Caprichos de Goya, além de apreciar a mostra de fotografias do lituano Antanas Sutkus e a exposição com 800 itens da produção de Poty, um dos mais expressivos artistas do Paraná.

Mas afinal, qual foi o objetivo mais profundo desse passeio cultural?

De acordo com Duarte (2008, p.4) “a catarse é o processo pelo qual o indivíduo receptor é colocado esteticamente em confronto com a essência da realidade, por meio da superação, ainda que momentânea, da heterogeneidade extensiva e superficial própria à vida cotidiana”. Ou seja, segundo o autor, chama-se catarse essa reação que se inicia no indivíduo que aprecia uma manifestação artística, de forma que sua percepção de mundo seja alterada e receba novos contornos, fugindo do que lhe é comumente aceito.

Essencial para qualquer pessoa, essa “catarse artística” é ainda mais importante para aqueles profissionais que trabalham com a formação de outras pessoas – como é o caso do professor.  Para o grupo do PIBID, essa chance de conhecer tanta coisa nova e poder receber novos referenciais artísticos foi uma oportunidade de ampliar horizontes, ganhar uma bagagem cultural necessária para a atividade em sala de aula e ter uma experiência real com aquilo que muitas vezes só se leva para a escola através de referenciais teóricos. Segundo Pedro, acadêmico do 2º ano do curso de Português/Francês, “essas experiências culturais ajudam no desenvolvimento da personalidade do futuro professor, contribuindo para que o professor tenha uma visão mais profunda do que é arte”. Para ele, a arte “representa algo que a sociedade deveria parar para perceber. Representa o mundo”.

PhellipPhellip, do 2º ano do curso de Português/Inglês, acredita que não se pode compreender a cultura como algo inato ao homem e desprovido de caráter experimental. “Então de que forma podemos entender um movimento social ou uma realidade abrangente e condizente com as inúmeras teorias estudadas, conceitos adotados, ideias pesquisadas, se não pela experiência?”, pergunta. Para ele, a formação de um professor nunca estará desconectada de sua formação como sujeito que reflete e atua em sociedade. “Não há amadurecimento do grupo, sistema educacional ou sociedade se não houver uma formação rica no sujeito que age – ou seja, no sujeito e professor”, afirma.

Conhecer a arte e, mais importante que isso, refletir sobre esse conhecimento, segundo a professora Rosana, coordenadora do subprojeto do PIBID de Português/Francês “é função básica para o exercício pleno do magistério”. De acordo com a professora, oferecer ao aluno oportunidades de acesso àquilo que ele muitas vezes não alcança é uma das mais importantes funções da escola. Dessa forma, experimentar “arte” nessa viagem foi uma dessas oportunidades – oferecidas não apenas aos participantes do PIBID, mas principalmente aos alunos com quem esses acadêmicos trabalharão, pois receberão referenciais artísticos reais. Para Luciano, do 3º ano do curso de Português/Inglês, “o verdadeiro professor” – e ele considera como verdadeiro aquele professor que realmente escolhe sua atividade como uma profissão – “precisa ser sensível e refletir sobre diversas coisas. Apreciar a arte é um bom exercício para isso.” Luciano acrescenta ainda que “as experiências culturais que o professor tem servem como ingrediente especial às aulas, tornando-as mais produtivas, criativas e, consequentemente, prazerosas”. Para Débora, do 4º ano de Português/Espanhol, “aprender foi a primeira etapa. Agora a meta é compartilhar os conhecimentos adquiridos no passeio”.

Participantes de um projeto do governo que investe diretamente dinheiro público na formação de futuros profissionais da educação, os acadêmicos do PIBID reconhecem e compreendem o valor que atividades como essa proporcionam aos professores em formação. “Sinto-me privilegiada, pois este projeto é uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho do professor”, afirma Luana, caloura do curso de Português/Francês e já bolsista do PIBID. “Acredito que estes profissionais estão sendo melhor preparados para atender aos alunos que, por sua vez, serão beneficiados com métodos mais eficazes de ensino”, explica.

Para Josiane, aluna do 4º ano de Português/Francês, não apenas as atividades culturais têm sido válidas, mas toda a experiência oferecida pelo PIBID. “Temos a oportunidade de estar em contato com a realidade escolar. Isso significa que, quando estivermos com as nossas turmas, depois da nossa formação, estaremos capacitados e habituados a lidar com as dificuldades que cada aluno pode ter e cientes do grande crescimento que o conhecimento pode proporcionar ao indivíduo”. Ela acredita ainda que o investimento que o PIBID tem proporcionado aos professores em formação trará benefícios não apenas para o sistema educacional diretamente envolvido com o projeto – como a universidade e as escolas que recebem os bolsistas –, mas também para o ambiente escolar em que esses futuros professores estarão inseridos.

Perguntada sobre a importância desse investimento na formação dos futuros profissionais que participam do PIBID, a professora Rosana comenta: “Creio que a melhor palavra para responder a essa pergunta é orgulho! Estamos todos muito habituados a acompanhar a divulgação de informes sobre o mau uso do dinheiro público, de modo que divulgar uma atividade como essa de que participamos é também nossa forma de dizer que temos orgulho de gastar de forma tão produtiva o dinheiro de todos nós, contribuintes”. Formadora de futuros professores há muitos anos, a professora vislumbra o panorama geral que atitudes como essa podem proporcionar para o sistema educacional como um todo: “Destaco a importância não apenas desse Passeio Cultural, mas de todo o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência como uma iniciativa fortalecedora dos cursos de licenciatura”.

Porém, investimentos como esse, que implicam em melhorias na formação humana e profissional dos acadêmicos, apesar de representarem iniciativas significativas para o progresso da educação, ainda estão longe do ideal. “Não se deve comentar nem discutir a importância do PIBID, tendo em vista que isso deveria ocorrer com todos do curso de licenciatura”, destaca Allan, do 2º ano do curso de Português/Francês. Para ele, a educação em nosso país não recebe a real atenção que deveria. Dessa forma, projetos como o PIBID assumem ainda maior importância, pois são tentativas de criar alguma diferença no nosso sistema educacional. “O retorno é imediato para as escolas que estão envolvidas no projeto. Bacana será daqui alguns anos, quando mais gente estiver envolvida e o retorno se der pelas pessoas que fizeram parte do projeto e conseguiram mudar aos pouco algumas realidades”, comenta Allan.

De toda forma, o passeio cultural representou uma importante atividade de união e confraternização dos subprojetos do PIBID envolvidos, além de grande crescimento pessoal para cada participante. Para Débora, “foi interessante saber sobre a conservação de películas e cinema, pois são aspectos que fazem parte de um patrimônio histórico e cultural que deve ser preservado para as novas gerações conhecerem a história das gerações anteriores”. Phellip afirma que se sentiu motivado a ver de perto as obras de Goya e Poty, artistas que já admirava. “Mas ao chegar na galeria, não esperava encontrar o trabalho do fotógrafo lituano Antanas Sutkus, que, posso afirmar sem medo, é um dos trabalhos com o qual eu mais me emocionei até hoje”, comenta ele. “Fotos com expressão, luzes e história, funcionando juntamente para uma obra de arte maravilhosa. Foi uma experiência única”. A professora Rosana afirma que “estar em locais em que o cinema (no caso da Cinemateca) e a arte de modo geral (MON) são tratados com imensa seriedade e profissionalismo é uma oportunidade ímpar”. Ela destaca ainda o entusiasmo e a alegria do projecionista da Cinemateca, Valdenício Pereira da Silveira, em falar da sua experiência no trabalho com os filmes, considerando esse “um dos momentos mais emocionantes do dia”. Já para Laiane, do 1º ano de Português/Francês, arte é fundamental. “Não acredito ser possível viver sem arte. A arte é um meio de comunicação, um meio de entreter, de abrir a mente, de alegrar”, afirma. “O passeio me acrescentou de mais, aprendi muita coisa. É algo indescritível. Com certeza pretendo levar meus alunos a um passeio como esse”.





O QUE FOI VISTO NO PASSEIO CULTURAL


OS CAPRICHOS DE GOYA

Coleção de 80 gravuras feitas pelo pintor espanhol Francisco de Goya, produzidas entre 1797 a 1799. As gravuras tratam de temas como o amor, a morte e a religiosidade, e produzem uma crítica à sociedade espanhola da época. Esteve em exposição no Museu Oscar Niemeyer nos dias 26 de janeiro a 26 de abril.



ANTANAS SUTKUS: UM OLHAR LIVRE

Exposição de 120 imagens do renomado fotógrafo lituano Antanas Sutkus, que representam um pouco da cultura do leste europeu. Curitiba é a primeira cidade a receber a mostra. A exposição segue até o dia 20 de maio.





POTY, DE TODOS NÓS

Mostra de 800 produções do artista paranaense Poty Lazzarotto. Reúne desde desenhos de infância até produções de sua temporada na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Algumas produções nunca foram apresentadas para o público. A mostra permanece em cartaz até 5 de agosto.




BRAZA DORMIDA

Produção em preto e branco de 1928, dirigida por Humberto Mauro, um dos pioneiros do cinema brasileiro. O filme é considerado um dos grandes clássicos do cinema mudo brasileiro.

BRASA ADORMECIDA

Filme brasileiro de 1987, dirigido por Djalma Limongi Batista. Seu título é uma homenagem ao filme de 1928 – inclusive, algumas cenas do primeiro filme podem ser vistas quando umas das personagens assiste televisão. Caracteriza os anos 1960, com trilha sonora de Tom Jobim.


Fotografias: Phellip William (http://www.wix.com/phellipwillian/photography#!)




Referências:
ANTANAS SUTKUS: UM OLHAR LIVRE. Disponível em: < http://www.museuoscarniemeyer.org.br/exposicoes/antanas
site.html>. Acesso em: 15 de maio de 2012.

DUARTE, Newton. Arte e formação humana em Lukács e Vigotski. In: 31ª REUNIÃO DA ANPEd, Caxambu: 2008. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT17-4026--Int.pdf>. Acesso em: 12 de maio de 2012.

ECO, Umberto. Sobre literatura. Rio de Janeiro: Record, 2003.

MAXIMO, Maria José. Arte e formação humana: contribuições do marxismo. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E MARXISMO: MARXISMO, EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO HUMANA, 5, 2011, Florianópolis. Anais eletrônicos... Florianópolis: UFSC, 2011. Disponível em: < www.5ebem.ufsc.br/trabalhos/eixo_08/e08a_t005.pdf>. Acesso em: 12 de maio de 2012.

POTY, DE TODOS NÓS. Disponível em: < http://www.museuoscarniemeyer.org.br/exposicoes/potysite.html>. Acesso em: 15 de maio de 2012.

VÁZQUEZ, A. S. As idéias estéticas de Marx. 2. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. (Pensamento Crítico, v. 19). In: MAXIMO, Maria José. Arte e formação humana: contribuições do marxismo. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E MARXISMO: MARXISMO, EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO HUMANA, 5, 2011, Florianópolis. Anais eletrônicos... Florianópolis: UFSC, 2011. Disponível em: < www.5ebem.ufsc.br/trabalhos/eixo_08/e08a_t005.pdf>. Acesso em: 12 de maio de 2012.


Postado por Jefferson Araújo

terça-feira, 15 de maio de 2012

VEM AÍ A 3ª OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA




Fundamentada no programa Escrevendo o Futuro que foi desenvolvido pela Fundação Itaú Social e pelo Cenpec, a Olimpíada de Língua Portuguesa tem como estratégia mobilizar professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio em um concurso de produção textual.
Em 2007, o Ministério da Educação reconheceu essa iniciativa como Olimpíada de Língua Portuguesa, cujo objetivo principal é o de incentivar o desenvolvimento de competências de leitura e de escrita em alunos, na tentativa de contribuir para a melhoria do ensino público.

Edições anteriores

A 1ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa foi realizada em 2008, e teve 55.570 escolas e 6,2 milhões de alunos inscritos. Na 2ª edição, realizada em 2010, ampliou-se o número de municípios e o total de alunos inscritos, contabilizando 60.123 escolas e 7,1 milhões de alunos participantes.

A 3º Edição

Em 2012, a Fundação Itaú Social e o MEC lançam a mais nova versão da Olimpíada de Língua Portuguesa e a meta para este ano é ultrapassar os 7 milhões de alunos inscritos na última edição.

A Olimpíada de Língua Portuguesa deste ano tem como tema: O LUGAR ONDE VIVO. Este tema busca fazer com que os alunos e professores observem suas cidades com distanciamento crítico, devendo os alunos avaliarem as potencialidades, as carências locais ou o impacto emocional provocado por uma realidade.
Para cada série do Ensino Fundamental e Médio é adotado um gênero de texto com temas diferentes. Sendo estes:


- Poesia: expressar sentimentos suscitados pelo lugar em que vive. 5º e 6º anos.
- Memória literária: estabelecer vínculo com o passado do lugar. 7º e 8º anos.
- Crônica: 9º ano do ensino fundamental e 1º do ensino médio.
- Artigo de opinião: tomar posição diante dos fatos. Ensino médio (2º e 3º anos).


Durante este ano, os professores passarão por um processo intenso de formação: cada escola receberá a Coleção da Olimpíada, composta por quatro pastas contendo Caderno do Professor, uma coletânea de textos nos gêneros textuais e um CD-Rom. Todo o material da Coleção também será disponibilizado no endereço eletrônico www.escrevendoofuturo.org.br.


Para escrever, caberá ao aluno interagir com a comunidade, entrevistando moradores, pesquisando problemas e desafios da comunidade. Esse procedimento visa deixar claro ao aluno que escrever não é só um talento, mas uma prática social continuada.
A Olimpíada de Língua Portuguesa deste ano se desenvolverá em cinco etapas de triagem: escolar, municipal, estadual, regional e nacional. Para cada etapa haverá uma comissão julgadora.

Premiação

Escolar e Municipal: não haverá premiação, mas as escolas e os municípios poderão conferir diplomas ou certificados.
Estadual: receberão medalhas de bronze e coleções de livros.
Regional: receberão medalhes e um tablet.
Nacional: os vencedores ganharão medalhas de ouro, notebooks e impressoras, e a escola ganhará 10 microcomputadores, uma impressora, um projetor multimídia, um telão para projeção e livros.

O cronograma da 3ª Edição segue abaixo:

Para maiores informações sobre a 3ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, acesse o endereço eletrônico: www.escrevendoofuturo.org.br.






sexta-feira, 11 de maio de 2012

ALUNOS DO LB VISITAM DONA AZIZI



Uma importante atividade aconteceu na ultima sexta-feira, dia 04 de maio: um grupo de alunos, professores e PIBIDIANOS visitaram a casa de D. Azizi, mãe da professora Linda Salamuni Bacila.
Com essa visita, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a história da anfitriã de seu colégio, além de ter contato com um membro da família dela. Todos ficaram extremamente entusiasmados, curiosos e comovidos com a conversa.
Dona Azizi, uma senhora de 84 anos, muito carinhosa e receptiva, nos contou um pouco de sua história e falou da filha que, carinhosamente, chamava de “Lindinha”.
Linda Salamuni Bacila era a filha mais velha de dona Azizi, tocava piano e praticava caridade. Em épocas como Natal, Páscoa e dia das crianças, distribuía cestas, brinquedos, e doces para os mais necessitados.
Formou- se, ministrava aulas de português e inglês, além de consertar instrumentos de fanfarra do colégio Professor Colares. Lecionou até adoecer.
Além da importância de conhecer um pouco da vida pessoal da professora Linda Bacila, foi possível perceber a contribuição histórica e social dela para o colégio e como ela pode, ainda hoje, influenciar as pessoas que, de uma forma ou de outra, participam do cotidiano da escola. Além, disso, claro, ouvir o que uma pessoa com experiência tem a dizer é sempre de grande valia, não apenas para as crianças, mas para os adultos também.
O encontro fez com que os alunos tivessem uma outra visão da escola, pois conheceram a professora Linda Bacila não só como anfitriã, mas também como pessoa e cidadã.

Professora Linda Salamuni Bacila na sua 1ª Comunhão.





Postado por: Pamela Tullio


terça-feira, 8 de maio de 2012

Flicampos



              Do dia 1 ao dia 6 de maio, a cidade de Ponta Grossa teve a oportunidade de presenciar o 4º Festival Literário dos Campos Gerais. O evento também integrou as atividades da 26ª SEMANA DA CULTURA-BRUNO E MARIA ENEI e resgata a FERIA DO LIVRO DE PONTA GROSSA.

Pela quantidade de atividades desenvolvidas no Filicampos, foi possível agradar aos mais diversos públicos , houve a Feira de Literacia e Linguagens Inclusivas, Apresentação de capoeira,Túnel das Sensações e Exposição de Artes Plásticas para Cegos; 2º Encontro de Comunicação e Educação sobre o mesmo tema; Praça das Falas (palestras e mesas-redondas com escritores convidados); Mostra de Linguagens Digitais e Novas Tecnologias para o livro e leitura; Encontro Regional de Bibliotecas com oficinas de restauro de obras bibliográficas; Oficinas e brincadeiras sobre Jogos Culturais; Oficinas de História em Quadrinhos e Mangá; Contações de Histórias para todas as idades; Lançamentos literários; Mostra de Destinos Turísticos Regionais, Espetáculos Musicais. Leituras Dramáticas, Mostra de Projetos de Incentivo à Leitura das cidades da Região e principalmente a 4ª Feira do Livro de Ponta Grossa. Nesta edição de 2012 o Festival foi realizado em homenagem aos centenários de nascimento da poeta paranaense Helena Koloky, que atuou como professora em Ponta Grossa, e do escritor baiano Jorge Amado.
As crianças contavam com espaços especialmente desenvolvidos para elas, criados para entreter, agradar e incentivar. O evento contou com uma sala de contação de histórias e uma para brincadeiras.  Sem falar nas livrarias que ali estavam, com uma grande quantidade de livros infantis,sobre os mais diversos temas.
Com toda certeza, o festival trouxe muitas oportunidades de contato com a cultura, a iniciativa está, sem dúvida, aprovada.
Para mais informações: http://www.flicampos.com.br/

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O CONTADOR DE HISTÓRIAS

A primeira edição do Festival Literário Internacional dos Campos Gerais (FLICAMPOS) reservou um espaço especial para que aqueles que gostam de se envolver no universo da leitura – ou queiram ter um primeiro contato com ele – possam fazer isso de maneira diferente: o Canto dos Contos. Nesse pequeno pedaço no meio do Festival, crianças, jovens e adultos – qualquer um que se interessar – podem escutar e participar de uma contação de histórias. E o melhor: há apresentações em todos os dias do evento, em horários diversificados. É o lugar certo para se deixar envolver pelo clima literário que invadiu a cidade nessa semana.


Quem gosta de história? Todas as mãos se levantam rapidamente no espaço repleto de crianças. E quem quer ouvir uma? As mãos voltam para o ar ainda mais depressa, seguidas pelo grito animado da criançada. Pois aqui vai uma história.

Phellip William de Paula Gruber, estudante do curso de Letras/Inglês da Universidade Estadual de Ponta Grossa e bolsista do subprojeto do PIBID Pibidenglishers - A life project to life, trabalhava em uma livraria quando começou a brincar de contar histórias. Interessado por leitura e por ouvir as “histórias do sítio” que seu avô contava, foi com a amizade de pessoas que compartilhavam esse mesmo gosto que sua vontade em conhecer literatura e a arte em geral foi amadurecendo. O fato de estar sempre próximo de crianças em sua casa o ajudou a desenvolver o talento que hoje tem alegrado os meninos e meninas que passam pelo Canto do Conto dessa primeira edição do FLICAMPOS.

Com 20 anos de idade e passado cerca de um ano e meio desde sua primeira apresentação, Phellip mostra facilidade em cativar seu público. Enquanto toca instrumentos musicais e encena diferentes histórias, pergunta, de repente, que som faz um cachorro, ao que dezenas de crianças começam a imitar entusiasmadas o animal pedido. A vontade de participar da apresentação é contagiante.

Para Phellip, contar histórias é uma chance de fazer as crianças conhecerem e gostarem de literatura. “Elas vão ler de outra forma. Vão aprender a história com a encenação, com a forma como a gente usa o espaço, o que não deixa de ser uma leitura”, afirma. Phellip acredita ainda que é ouvindo histórias que as crianças podem se tornar leitoras. “Elas podem se interessar pela história, e de repente podem ver um livro que tem a história de que gostaram, e então não vai ter ninguém contando. Elas vão buscar pelo livro”.

Sobre o interesse das crianças pela atividade, Phellip comenta que talvez seja o fato de alguém que elas não conheçam dar forma a algo que não vejam todos os dias que desperte tanta atenção. E não apenas nas crianças. Phellip conta que, ao verem seus filhos tão envolvidos naquele mundo de faz-de-conta, alguns pais se emocionam ao participar daquele momento com as crianças, e acabam criando um carinho pelo contador de histórias – e pela atividade em si.

Como não podia deixar de ser, trabalhar com contação de histórias traz alguns momentos marcantes. Phellip conta sobre o dia em que, após ver uma encenação de história numa livraria, um garoto ligou para sua mãe e pediu que ela lhe trouxesse o seu cofrinho para que pudesse comprar um livro. Ser responsável pela iniciação de uma criança no mundo da leitura é, de fato, uma experiência incrível. Mas ainda há outro lado talvez mais incrível nessa atividade. Para Phellip, ter um espaço para contar histórias na FLICAMPOS é importante na medida em que permite que crianças com pouco acesso a livros e a contação de histórias também participem de um momento como esse.

Vendo como as crianças se divertem e se empolgam com a apresentação, fica difícil não querer participar também. Para quem tem interesse em se tornar um contador de histórias, Phellip dá a dica: “Você tem que conhecer a literatura infanto-juvenil, tem que conhecer os livros”. Para ele, apesar de cada um desenvolver sua própria técnica e seu próprio estilo de apresentação, a narrativa é o que faz tudo funcionar. É através da leitura dos livros que o contador passa a entender por que a história pode se tornar fascinante – pois o livro também traz essa fascinação. “Você tem que ler literatura infanto-juvenil”, afirma. “Comece lendo os livros e o resto você desenvolve”.



Postado por Jefferson Araújo