No período de duas manhãs muito
produtivas (04 e 11/09), os pibidianos
do subprojeto “Cinema e novas mídias: ferramentas para a leitura do mundo”
Letras/Francês, bem como os integrantes dos subprojetos de Espanhol e Inglês
estiveram presentes na oficina “Lúdico no ensino de Línguas”, ministrada pela
Profa. Ms. Melissa Andres Freitas**.
Aprender uma língua é muito mais do que
memorizar uma lista de vocabulário; é muito mais do que conhecer a gramática da
língua; é mais do que conhecer a cultura do povo falante de determinada língua:
falar um segundo idioma exige competências do âmbito interacional, saber uma
língua é dominá-la no sentido de ser capaz de utilizá-la em suas mais variadas
formas e contextos.
A Profa. Melissa não economizou palavras
para explicar e elucidar que o ensino-aprendizagem por meio do lúdico pode ser
eficaz, desde que o educador não se equivoque e inverta valores. O lúdico é também um meio de ensino, ou seja,
antes da atividade ser posta em prática efetivamente, foram pensados os
objetivos a serem alcançados por meio da atividade, bem como a metodologia a
ser trabalhada.
Para aqueles que não estão
familiarizados com a terminologia “lúdico”, carece-se esclarecer: lúdico é
originário do latim ludus que
significa “jogo”. Todavia essa rubrica foi resignificada, considerando-se que
as atividades lúdicas extrapolam as demarcações do brincar espontâneo. O
brincar e o jogar são indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual,
pontuando-se que a atividade lúdica, em suas diversas apresentações, subsidia o
processo de ensino-aprendizagem, propiciando o desenvolvimento da linguagem, do
pensamento, da socialização, da iniciativa e da autoestima, preparando o aluno
para ser um cidadão mais capaz de enfrentar os desafios do mundo.
Retomando o título deste post “ninguém
motiva ninguém, nem ninguém se motiva sozinho” e refletindo as discussões da
oficina supra, podemos concluir com certeza que não se pode motivar o aluno – a
motivação precisa partir de dentro –, mas podemos propiciar uma aula na qual
ele se motivará, uma aula na qual ela possa sentir prazer no aprender...
Sequência de
imagens dos pibidianos desenvolvendo
as atividades propostas na oficina:
Divertir-se ao aprender faz do aprendizado mais
prazeroso e mais efetivo.
* GARDNER, H (1995) apud MAGALHÃES, V. Cem aulas sem tédio: sugestões
práticas, dinâmicas e divertidas para o professor de língua estrangeira.
** Graduada em Licenciatura em Letras Português - Espanhol pela
Universidade Estadual de Ponta Grossa (2002), especialista em Ensino -
Aprendizagem de Línguas Estrangeiras pela Universidade Estadual de Ponta Grossa
(2006), mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Paraná
(2010). É professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Tem experiência
na área de Letras como professora de língua espanhola, metodologias de ensino,
língua espanhola para fins específicos, literatura espanhola, literatura
hispanoamericana e formação de professores. Atua principalmente nos seguintes
temas: leitura, literatura hispânica, ensino, línguas estrangeiras, língua
espanhola e lúdico, com especial preocupação no desenvolvimento agradável e
prazeroso do processo ensino aprendizado de língua estrangeira. Coordena grupos
extensionistas com o objetivo de desenvolver e discutir a prática educativa.