sexta-feira, 21 de setembro de 2012

"Ninguém motiva ninguém, nem ninguém se motiva sozinho"*


No período de duas manhãs muito produtivas (04 e 11/09), os pibidianos do subprojeto “Cinema e novas mídias: ferramentas para a leitura do mundo” Letras/Francês, bem como os integrantes dos subprojetos de Espanhol e Inglês estiveram presentes na oficina “Lúdico no ensino de Línguas”, ministrada pela Profa. Ms. Melissa Andres Freitas**.

Aprender uma língua é muito mais do que memorizar uma lista de vocabulário; é muito mais do que conhecer a gramática da língua; é mais do que conhecer a cultura do povo falante de determinada língua: falar um segundo idioma exige competências do âmbito interacional, saber uma língua é dominá-la no sentido de ser capaz de utilizá-la em suas mais variadas formas e contextos.

Assim como aprender uma língua é um processo gradual e complexo, ensinar encerra o mesmo gradualismo e complexidade. Reconhecida a importância de permanecer-se em estudo, fomos contemplados com a significativa oportunidade de conhecermos e refletirmos a respeito do lúdico no ensino de línguas, o qual não se restringe ao ensino de línguas estrangeiras necessariamente, mas também de língua materna.



A Profa. Melissa não economizou palavras para explicar e elucidar que o ensino-aprendizagem por meio do lúdico pode ser eficaz, desde que o educador não se equivoque e inverta valores.  O lúdico é também um meio de ensino, ou seja, antes da atividade ser posta em prática efetivamente, foram pensados os objetivos a serem alcançados por meio da atividade, bem como a metodologia a ser trabalhada.

Para aqueles que não estão familiarizados com a terminologia “lúdico”, carece-se esclarecer: lúdico é originário do latim ludus que significa “jogo”. Todavia essa rubrica foi resignificada, considerando-se que as atividades lúdicas extrapolam as demarcações do brincar espontâneo. O brincar e o jogar são indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual, pontuando-se que a atividade lúdica, em suas diversas apresentações, subsidia o processo de ensino-aprendizagem, propiciando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da socialização, da iniciativa e da autoestima, preparando o aluno para ser um cidadão mais capaz de enfrentar os desafios do mundo.

Retomando o título deste post “ninguém motiva ninguém, nem ninguém se motiva sozinho” e refletindo as discussões da oficina supra, podemos concluir com certeza que não se pode motivar o aluno – a motivação precisa partir de dentro –, mas podemos propiciar uma aula na qual ele se motivará, uma aula na qual ela possa sentir prazer no aprender...

Sequência de imagens dos pibidianos desenvolvendo as atividades propostas na oficina:



Divertir-se ao aprender faz do aprendizado mais prazeroso e mais efetivo.



* GARDNER, H (1995) apud MAGALHÃES, V. Cem aulas sem tédio: sugestões práticas, dinâmicas e divertidas para o professor de língua estrangeira.
** Graduada em Licenciatura em Letras Português - Espanhol pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2002), especialista em Ensino - Aprendizagem de Línguas Estrangeiras pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2006), mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Paraná (2010). É professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Tem experiência na área de Letras como professora de língua espanhola, metodologias de ensino, língua espanhola para fins específicos, literatura espanhola, literatura hispanoamericana e formação de professores. Atua principalmente nos seguintes temas: leitura, literatura hispânica, ensino, línguas estrangeiras, língua espanhola e lúdico, com especial preocupação no desenvolvimento agradável e prazeroso do processo ensino aprendizado de língua estrangeira. Coordena grupos extensionistas com o objetivo de desenvolver e discutir a prática educativa.