terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Literatura de Cordel


   Hoje vamos falar sobre a literatura de cordel, uma literatura não muito conhecida e nem comum aqui no sul do Brasil.
   A Literatura de Cordel teve sua origem na Europa, especificamente em Portugal. As histórias eram de lutas épicas, com guerreiros medievais, cavaleiros nobres. Aqui no Brasil o Cordel teve entrada no séc. XIX, com formatos diferentes dos da Europa, já não se tratava mais de histórias medievais, mas sim, folclóricas, religiosas, e que contavam os causos e lendas da época.
    Os cordéis geralmente são escritos no folheto em oito a dez versos rimados, contando uma única história. Os cordéis não são feitos apenas em forma de literatura, existe os que  usam  o violão como som de fundo, os repentistas que contam histórias engraçadas, não só engraçadas, também com alguma sátira a sociedade
   O Cordel conquistou fama no século XX, principalmente pela passagem de Lampião¹ entre 1928-1938. Nesse período e depois se conta através de cordéis, as lendas, as histórias de Lampião, de pessoas que o conheceram ou ouviram sobre ele. As histórias dessa época foram passadas de geração para geração.
      A seguir um vídeo de um tradicional cordel, no qual é narrada a ida de Lampião para o inferno após sua morte em 1938.

    O cordel não mudou desde então, continua contando lendas e histórias do nordeste. Ainda não se sabe o que levou o cordel a ficar tão famoso nessa região, só sabe que ele é agora algo tradicional de lá.
    
   Seguem dois vídeos de uma banda que se tornou famosa pelo filme “Lisbela e o Prisioneiro”, banda essa que tem nome de cordel e cuja principal atração nos shows é o cordel misturado com as batidas de violão e batuques nordestinos, transformando a história em teatro no meio do palco.




        
¹  Lampião cangaceiro, conhecido também como “Rei do Nordeste”, foi um Robbin Hood do nordeste, roubava dos ricos e dava aos pobres. Na sua época casas eram  derrubadas, famílias arruinadas. Não se sabe bem ao certo se ele foi um homem do bem ou do mal, sabe- se que não gostava do Governo da época. Lampião é citado na obra de Jorge Amado e alguns filmes sobre ele e sua mulher Maria Bonita foram feitos.