Aconteceu no último sábado, no Campus da UEPG, uma palestra sobre um tema que tem nos chamado atenção: Inclusão social. A fala da palestrante, Profª Drª Miriam Sester Retorta, teve como tema: “Inclusão social: Uma questão de responsabilidades compartilhadas”. Ela ressaltou que todos nós somos responsáveis pela inclusão dentro da escola e da sociedade.
A professora iniciou sua fala baseada em três perspectivas, sendo elas:
1- como mãe de criança especial;
2- como professora;
3- como pesquisadora.
Como linguista, ela afirmou que o discurso nunca é neutro, que ele sempre é carregado de ideologia e por isso, devemos estar atentos para aquilo que, por exemplo, os políticos e a mídia apresentam como sendo “as verdades” da inclusão.
Para compreendermos essas questões, precisamos entender como foi concretizada a história das pessoas com necessidades especiais, que, segundo a professora, pode ser sintetizada em quatro grandes momentos:
Era pré-cristã: tratadas como pessoas possuídas, ou como desvalidas, castigadas por Deus;
Era cristã: passaram a ser protegidas, por compaixão;
Era da reabilitação: eram concebidos diagnósticos, de forma a tratá-las como doentes. O objetivo era reabilitar para promover a integração junto à sociedade;
Era da aceitação: respeito à diversidade. O objetivo passou a ser oferecer oportunidades iguais, de acordo com cada necessidade.
Para a professora, grandes avanços aconteceram, mas ainda é preciso fazer muito mais e, principalmente, refletir sobre essa nova realidade. Depois dessa contextualização histórica, a professora explicou a diferença entre integração e inclusão.
Integração: pautar-se na ideia de recuperar ou ajudar a adquirir funções, tendo como parâmetro o que é considerado normal. Segundo a professora, nem sempre isso é possível, pois a integração dependerá da especificidade de cada um.
E incluir? Incluir é entender que a escola e a sociedade é que precisam se adequar aos diferentes tipos de pessoa. Mas o que é melhor: integrar ou incluir? Ela diz que depende de cada pessoa, ou seja, precisam ser feitas avaliações por profissionais qualificados. O que, ainda segundo a professora, é bastante difícil, pois, a escola pública não tem condições de fazer isso, pelo menos não da maneira como deveria ser feito. E deveria não apenas por ser importante, mas porque essas condições são asseguradas por lei: dois artigos, o 58 e o 59, da Constituição garantem o serviço de apoio especializado na escola regular para atender às peculiaridades da clientela. Infelizmente sabemos que isso não acontece, ou pelo menos, acontece muito pouco.
A professora Miriam finalizou sua fala com uma frase que nos faz refletir sobre nosso papel diante dessas pessoas, que ela não qualifica como coitadinhas, mas, apenas como diferentes.
Eis a frase:
Registramos que estiveram presentes nesse importante momento da nossa formação os
sete novos integrantes do nosso subprojeto, sejam muito bem-vindos!
Além deles, tivemos também a importante participação da pedagoga do colégio onde desenvolvemos nosso trabalho, a professora Joana D'arc Aparecida Ferreira.
Na foto, nós, a professora Joana e os nossos novos colegas.
Os recém-chegados:
ANA PAULA FERREIRA URBAN
ANA PAULA FERREIRA URBAN
JEFFERSON AURI DE ARAÚJO
LAIANE LIMA DOS SANTOS
PÂMELA CRISTINA TULLIO
PEDRO HENRIQUE REPULA
THALITHA SAUTCHUK
Postado por: Bárbara Marçal Celestino.